NA MIRA DO TRE: desvio de verba de R$ 200 mil da ALPB pode
cassar mandato de prefeito de um dos maiores colégios eleitorais do
Estado
Após três anos de espera, o processo que pede a cassação do prefeito de
Sousa, Fábio Tyrone (PTB), deve entrar no final de setembro na pauta de
julgamento do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). A ação
foi impetrada pelo deputado estadual André Gadelha (PMDB) adversário
político do prefeito, na época candidato nas últimas eleições. A
acusação é de uso indevido de verba para pessoas carentes que foi
desviado da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para suposto fim
eleitoreiro, um montante de quase R$ 200 mil.
No processo Gadelha pede a cassação do prefeito Fábio Tyrone (PTB) e de
sua vice Johana Estrela. A ação acusa o prefeito de junto com o primeiro
secretário da ALPB, na época, deputado Lindolfo Pires (DEM), desviarem
recursos da Casa de Epitácio Pessoa.
“O professor e vice-prefeito de Sousa, João Estrela (PDT), pai da
vice-prefeita e que tinha interesse direto no pleito, recebeu como pobre
e carente da Assembléia R$ 15 mil, em seguida fez doação a campanha de
Tyrone. Já a mãe de Johana recebeu como pobre R$ 4 mil e fez doação
direta na cota de campanha”, relatou Gadelha.
Além dos parentes da vice-prefeita, André informou que assessores e
funcionários de Lindolfo Pires também receberam dinheiro da Assembleia e
fizeram doação a campanha de Tyrone. “Assessores diretos do deputado
Lindolfo e funcionários da rádio receberam um montante de R$ 40 mil como
pobres e doaram a campanha do prefeito. Um funcionário do deputado
Lindolfo Pires que está inscrito para receber casa da Cehap, e também
funcionário da rádio Progresso de Sousa recebeu um montante de 2 mil
reais e depositou R$ 2 mil na campanha”.
No total, o deputado denunciou que foram desviados de verba social na
Assembleia Legislativa cerca de R$ 200 mil para fins eleitoreiros. “O
montante foi usado no pleito eleitoral que saiu da Assembleia e entrou
na conta do candidato Fábio Tyrone”.
Na ação, um dos argumentos é que o uso do poder econômico e político
influenciaram diretamente no resultado do pleito eleitoral de 2008. “Em
Sousa, não existiu potencialidade e sim um empate técnico. Foram 120
votos num universo de 38 mil eleitores votando, dando 0,2% dos votos.
Foi a votação mais apertada, proporcionalmente, no Estado.
Todos os supostos desvios de verbas aconteceram na gestão do
ex-presidente Arthur Cunha Lima (PSDB). Nesta epoca, o deputado Lindolfo
Pires (DEM) exercia o mandato de 1º Secretário da Mesa Diretora da
ALPB.
Gledjane Maciel
PB Agora
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