O município de Parari, no Cariri
paraibano, deve viver um pequeno fenômeno migratório nas eleições do
próximo ano. É que a cidade de 1.256 habitantes tem 1.615 eleitores, uma
diferença de 359. O eleitorado do município, medido pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TST), é 28% maior que a população, conforme o Censo
de 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Além de Parari, os municípios de Algodão de Jandaíra,
Cajazeirinhas, Lastro e São Domingos de Pombal têm mais eleitores que
moradores.
A prefeita de Parari, Solange Aires Caluete, explica que o fenômeno vai
acabar nos próximos meses com a redefinição dos limites da cidade já
aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governo do
Estado, faltando apenas a migração de habitantes pelo IBGE. “A nossa
população vai chegar a dois mil habitantes”, prevê Solange.
Ela explica que Parari era distrito do município de São José dos
Cordeiros. Quando houve a emancipação política, perdeu território para a
cidade-sede e os municípios de Taperoá e Gurjão. “Nove grupos
escolares, que estão nas áreas de outras cidades, são administrados pela
prefeitura de Parari. Os pais dos alunos têm domicílio eleitoral em
Parari, a exemplo de outras famílias”, esclarece a prefeita.
Segundo Solange, a prefeitura perdeu inclusive recursos do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) por causa da exclusão desses
territórios na contagem populacional do município. “Parari é alvo de
piadas como a menor cidade da Paraíba e por conta de ter mais eleitor
que habitante, mas esse quadro vai mudar”, comentou.
Jornal da Paraíba
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